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    Câncer De Bexiga

    Câncer De Bexiga

    O câncer de bexiga ocorre 4 vezes mais no sexo masculino e geralmente, após os 60 anos de idade. É o segundo câncer mais frequente no trato urinário. O cigarro é o principal fator de risco e está associado a 50% dos casos. Fatores ocupacionais, como à exposição de derivados do petróleo também constituem fator de risco importante.

    O sintoma inicial na maioria dos pacientes é o sangramento indolor na urina. Entretanto, dor ao urinar e aumento na frequência urinária podem ser os únicos indícios do câncer vesical, confundindo o diagnóstico com infecção urinária ou sintomas prostáticos.

    Na suspeita diagnóstica, os exames que devem ser solicitados são de urina tipo I e cultura, citologia oncótica (para ver se há células malignas na urina) e exame de imagem (ultrassonografia ou tomografia). A cistoscopia armada confirma o diagnóstico e serve para acompanhamento do paciente. A possibilidade de se encontrar tumor no trato urinário superior (rim e ureter) em casos de neoplasia vesical situa-se em torno de 1 a 4% e deve ser investigada.

    No momento do diagnóstico, aproximadamente 70% dos pacientes possuem doença restrita a mucosa ou submucosa da bexiga( camadas superficíais da bexiga). O restante apresenta invasão do músculo  ou da gordura da bexiga (camadas mais profundas) e já apresenta capacidade de disseminação doença à distância (metástases).

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    Os tumores da bexiga são tratados com ressecção transuretral da lesão (RTU). Esse tipo de tratamento é realizado através da passagem de um aparelho pela uretra até a bexiga, onde o tumor é ressecado (raspado) até sua base de forma completa. É suficiente para tratar aqueles 70% dos pacientes cujo tumor ainda não atingiu o músculo. Uma parcela desses pacientes ainda deve receber instilação de BCG dentro da bexiga. Esse tratamento imunoterápico (popularmente chamado de “vacina”) evita a recorrência do tumor em até 25 a 30%.

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    Nos pacientes em que a doença chegou ao músculo da bexiga ou apresentam recorrência, a cistectomia radical, que consiste na retirada da bexiga, próstata (nos homens) e linfonodos (glânglios), está indicada. Esta é uma cirurgia de grande porte, reservada para os casos de maior gravidade. O sistema urinário do paciente é reconstruído basicamente de duas formas: conduto ileal incontinente a Bricker (estomia por onde sai a urina que é coletada em uma bolsa no abdome do paciente) ou neobexiga (nova bexiga possibilitando ao paciente urinar pela uretra como antes da cirurgia). A cistectomia é um procedimento altamente complexo e deve ser realizado por cirurgiões com experiência. Sabe-se que o número de cirurgias deste tipo que o cirurgião realiza por ano tem implicação direta no resultado para o paciente.

    Para os pacientes que já apresentam doença metastática, a quimioterapia para os tumores da bexiga é eficaz e capaz de curar uma pequena parcela, bem como aumentar o tempo de vida desses pacientes.

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