Dr. José Ricardo Silvino

Câncer de testículos

O câncer de testículo é uma doença que afeta, principalmente, adultos jovens e a neoplasia maligna mais frequente em homens entre 20 e 35 anos. Com o diagnóstico precoce e um tratamento correto a chance de cura é muito grande.


            De forma geral, o câncer de testículo pode ser de dois tipos: Seminomatosos (crescimento mais lento) e os não seminomatosos (crescimento mais rápido e mais agressivo).

A presença de nódulo testicular, ou o aumento do volume testicular são as princípais  queixas que o paciente refere, mas nem todo aumento testicular é câncer. Há condições benignas que aumento o volume do testículo ou da bolsa como: hernias, hidrocele, cistos e etc. Portanto, um urologista experiente deve ser consultado sempre que qualquer alteração testicular for observada pelo paciente ou por outro medico não especialista. Em fases mais avançadas do tumor o paciente pode apresentar emagracimento, dor abdominal, falta de ar e etc.

O retardo no diagnóstico pode levar ao crescimento tumoral e disseminação da mesma. Cerca de 50% dos pacientes ja chegam ao médico com diagnóstico de doença difusa pelo corpo, mas mesmo nestes casos a chance de cura é boa com o auxilio de quimioterapia e da radioterapia. O auto-exame dos testísculos é fundamental par um diagnóstico precoce.

            A ultrassonografia do testículo é um metodo de imagem fundamental no estudo do câncer de testículo. Ela é capaz de diferenciar  massa testicular de outras doenças como hidrocele, hernia etc e possibilitar o diagnóstico de tumores muito pequenos intra-testicular. A tomografia de abdomen e tórax também são necessarias para o diagnóstico de metástases.

Algumas substâncias produzidas pelo tumor caem na corrente sanguínea  e podem aparecer em exames de laboratório simples. Elas são chamadas de marcadores tumorias e são o Beta-HCG, a Alfa-fetoproteína e o DHL

O tratamento inicial do câncer consiste na retirada do testículo por uma incisão feita próxima da virilha respeitando todos os princípios oncológicos para a cura da doença. A quimioterapia e a radioterapia podem ou não ser necessárias após a cirurgia.

O câncer de testículo pode afetar homens que ainda não têm filhos e o tratamento pode causar impacto na fertilidade masculina. Portanto, existe a possibilidade de congelar espermatozóides antes do tratamento definitivo com o objetivo de ter filhos no futuro.

Quanto ao aspecto estético, hoje são utilizadas próteses testiculares que podem ser implantadas no ato da retirada do testículo, sem prejuízo estético ou oncológico.